Charles Perrault (1628 – 1703) foi um poeta francês, teórico literário e escritor de contos de fada. Também foi advogado e assistente de Colbert, conselheiro do Rei Luís XIV da França (sim, o cara que recebeu o apelido de Rei Sol). Em 1671 foi eleito para a Academia Francesa de Letras.
Carreira Literária
Ao contrário do que se possa pensar, já que Perrault é considerado o escritor que colocou a fundação para que os contos de fada fossem considerados um novo gênero literário, essa não foi a parte mais longa do seu trabalho.
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Instituto da França, sede da Academia Francesa, em Paris |
Sua carreira literária foi marcada na Academia Francesa de Letras pela "Querela dos Antigos e dos Modernos", uma briga entre os escritores da época sobre quem era melhor uma discussão entre os teóricos literários da época. Antigos eram os que defendiam que as raízes greco-romanas eram superiores a qualquer conteúdo francês. Os Modernos (liderados por Perrault) defendiam que as criações francesas não deviam nada para as mais antigas.
Indo para os contos, que é o que nos interessa aqui, em 1694, publicou três contos de fada em versos, entre eles Donkey Skin (“Pele de Asno“ em tradução livre).
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Cinderela |
Em 1967, vieram seus oito contos em prosa, reunidos sob o título de “Histórias ou Contos dos Dias Antigos: Contos da Mamãe Gansa”, em tradução livre (“Stories or tales from olden days: Tales of my Mother Goose”, no original).
Contos da Mamãe Gansa
- Chapeuzinho Vermelho
- A Bela Adormecida
- O Pequeno Polegar
- Cinderela
- Barba Azul
- O Gato de Botas
- As Fadas
- Henrique, o Topetudo
As histórias registradas em seus contos de fada tinham como base narrações populares, que foram adaptadas e floreadas de acordo com a necessidade da corte francesa naquela época. Alguns detalhes eram acrescentados e outros, como pontos de cultura pagã, eram retirados.
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Cinderela |
Aliás, as histórias têm uma mensagem moral explícita – aparecem em um apêndice no fim. E é bem na cara, para ninguém falar que não viu. Dá só uma olhada na moral de Cinderela, de acordo com o site da Universidade de Pittsburgh, que na falta de uma tem duas morais (a tradução resumida está logo embaixo):
Moral do Conto Cinderela - Charles Perrault |
Outra moral: Sem dúvida, traz grande vantagem ter inteligência, coragem, boa educação e bom senso. [...] Contudo, mesmo esse podem falhar em lhe trazer sucesso sem a benção de um padrinho/madrinha.
Segundo Perrault, essas mensagens tinham como objetivo servir de orientação e ensinamento para quem as ouvisse.
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A Bela Adormecida |
E você, o que já sabia sobre Perrault? Tem algum conto preferido? Conte para mim nos comentários. =)
Bibliografia
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